quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Amores Imaginários!




Naquele tempo que em que você me encontrou sozinho, completamente cheio de medos, sem condições nenhuma de sonhar e eu não podia ao menos abrir meus olhos no escuro sem ver as tormentas que revoava minha alma...
Naquele tempo você me encontrou chorando, soluçando... Dentro. Preso em pesadelos, como uma criança acuada diante uma sombra a noite... Naquele tempo... Eu ouvi sua voz, uma voz tão meiga que me acalentava nos momentos de angustia e me protegia da solidão do mundo. Sua presença foi leve, sem espantos, vindo com calma e se assentando ao meu lado, já sentia enfim... Sua doce companhia, já sabia o quão amoroso se tornaria aquela amizade.
Naquele tempo você me conquistou, era real e me transmitia uma enorme segurança, nossas conversas me apaixonaram quanto percebi seu encanto já me dominava, mas, temia te perder... Você dizia não, mas, eu não a via, somente acreditava que estava ao meu lado, pois, sentia tuas mãos, tua boca, sentia teu corpo.
Naquele tempo em que você me encontrou eu soube... Entreguei-me a ti como nunca antes tivera feito tuas palavras que faziam agora sonhar, imaginar o mundo fora desta bolha, queria e tinha você sempre onde quer que eu precisasse.
Mas naquele dia em que você me encontrou, não disse que estaria distante tão rápido, eu desconhecia a dor, até senti-la. Naquele dia então não a encontrei não a via, procurava, tentava sentir sua presença mais você não existia, criei feições para você e não as enxergava mais... Às vezes, apenas os vultos de minhas lembranças...
Me deixavam sonhar com teus olhos outra vez, com teus passos, com você... E quando olhei em minha volta o escuro já tomava conta de tudo novamente.
Hoje tento te encontrar, mas não sei... Hoje espero que me encontre, mas enquanto isso não acontece; Continuo caminhando no silencio, gritando teu nome em vão, não sei... Talvez eu tenha passado por você, mas nossos olhos já não se cruzam, nossas vidas não tem mais sentido e a minha imaginação esqueceu seu nome, seu rosto, seu brilho, já meu coração? Imagina ter a encontrado novamente, mas se enganou mais uma vez...
Apenas não sabemos quem somos, nem o quanto nos arrependemos, porém sempre criaremos imaginações, inventaremos emoções e teremos amores... Imaginários...
Olho a diante sento seu cheiro, me volto e vejo... Você! Era apenas o silencio que me enganava. Sentindo dentro de nós aquele amor doentio e doloroso na boca do estomago ao lado mais frágil do peito, de algo que nunca aconteceu.


HB.


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