A alma que agora sobrevoa o corpo, translúcida de descrença,
não acreditando que está ali em sua própria frente vendo sua própria imagem. O
corpo, já não vive, não pulsa gelado. Um morto entre os vivos da desesperança,
que crêem estar vivendo de forma certa. Mais afinal tão evidente quanto à morte
é a vida.
Os parentes ali em roda, lamentando este funeral sem graça, que tantos já vi, numa pequena cidadezinha imprópria, em um cemitério que futuramente se tornará desprezível e inabitável, e apenas lá estarão as almas dos que já se foram. A alma que ali caminha melancólica e sádica. Sem sentido pela trilha da ilusão.
Compartilhando tanto desespero de um mundo renegado por sua constante infelicidade, o nome do filho também era o nome do morto; Quem sou? Apenas uma aberração da natureza exercendo meu papel depois que deixei de viver... O fiel relato de um ceifeiro se corta na ultima lagrima de uma criança que perderá por impulso e sem culpa, o pai assassinado... Viverá agora, está criança, triste, desesperançada, com a certeza que nas noites frias de turbulentos pesadelos o pai já não irá para acalentá-lo de seus medos.
Eis me aqui acompanhando a alma deste homem, sabe-se lá para onde, enquanto sua tristeza o carregar, pela solidão escura do submundo; Eu, um pobre castigador das almas, estarei fazendo meu trabalho.
Os parentes ali em roda, lamentando este funeral sem graça, que tantos já vi, numa pequena cidadezinha imprópria, em um cemitério que futuramente se tornará desprezível e inabitável, e apenas lá estarão as almas dos que já se foram. A alma que ali caminha melancólica e sádica. Sem sentido pela trilha da ilusão.
Compartilhando tanto desespero de um mundo renegado por sua constante infelicidade, o nome do filho também era o nome do morto; Quem sou? Apenas uma aberração da natureza exercendo meu papel depois que deixei de viver... O fiel relato de um ceifeiro se corta na ultima lagrima de uma criança que perderá por impulso e sem culpa, o pai assassinado... Viverá agora, está criança, triste, desesperançada, com a certeza que nas noites frias de turbulentos pesadelos o pai já não irá para acalentá-lo de seus medos.
Eis me aqui acompanhando a alma deste homem, sabe-se lá para onde, enquanto sua tristeza o carregar, pela solidão escura do submundo; Eu, um pobre castigador das almas, estarei fazendo meu trabalho.
“Assassinato... Terça feira as 22h00min. O morto não
se conforma de ter partido. Eu o anunciei, o guiei e o aconselho... A escuridão
é menos desoladora se você puder conversar com a morte e fazê-la sua amiga. Seu
filho chora... O mundo vivo... E aquela morte... O mundo agora...
HB.
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