E depois de tantos anos as rugas já se destacavam fortemente e flácidas em seu rosto, não que eu esteja me culpando, pelo motivo de os anos passarem, mais a verdade é que agora já posso olhar o triste passado que tive e entender o quanto a vida tem sido cruel com os homens, o que os dias são capazes de fazer na vida de alguém que particularmente, viveu;
O interessante é poder sentar em minha cadeira de balanço olhando o horizonte já avermelhado pelos raios do entardecer, o típico horário em que até mesmo o Sol se cansa dos homens e deixa de clarear a Terra e então vai se deitar tranquila e pacificamente, meus filhos já grande, olho e vejo o que fui capaz de produzir neste curto espaço de tempo, que para muitos é chamado de vida e, eu sinceramente chamo de dias que um dia chegam no fim, sem se poder ver tudo o que se deseja. Algo força a minha desistência, que é essa melancolia da velhice, porém na vida de um ser que já possui cabelos completamente brancos, e às vezes nem responde coisas preciosamente coerentes, há algo que me motiva a continuar trilhando com gosto, minha pobre e agora frágil como eu... Aquela mesmo a qual viveu ao meu lado... Amada Amanda.
Oh amada Amanda, desculpe-me por não dar-te a melhor das vidas, o mais rico dos tesouros, perdoe-me por não lhe transformar em duquesa, ou até mesmo por não ter lhe dado uma casa na praia, é que tudo foi acontecendo de forma literal. E agora meus olhos claros que antes fora da cor do céu, hoje já nem ao menos conseguem ver sozinho... Sei que nossa vida foi difícil, mais ti minha amada sempre ao meu lado como nenhum outro ser humano antes tenha feito, talvez seja sua ternura e amor que me seguraram fortemente em torno do mundo, com disposição para ver as flores crescendo em tais primaveras, ou me aconchegar agasalhado sobre teu abraço em noite de inverno, querida, tudo que vive com você foi especial...
E hoje vejo isso de forma tão singular e simples, pois, foi o teu amor, que transformou tudo isso possível, é dessa forma que te amo, mesmo não dizendo abertamente... Mais penso comigo, reflito sobre os demais, os netos que agora correm pela casa, os amigos animais que criamos, a vida tão longa e principiante que levamos, não passa de uma gota de orvalho em uma manhã estridente, que posso certamente desfrutá-la junto a ti.
Eis que declaro a minha velhice, mais devo saber viver, cada faze de minha vida, a descrição de felicidade é exatamente isso, estar alegre com cada faze, estar vivendo da forma que se deve viver cada faze... E você aqui comigo, como te amo, como estou velho, já me falta o fôlego, e a sentimentalidade me afoga, já estou em prantos, mais te amo...
Como é triste vê-la deitada inerte e sem alma, nesta manhã, eu que por muito te contemplei nos dias que se passavam, e hoje você com esse olhar de prata já sem vida, me olha, entreaberto, dizendo o seu bordão mais clássico:
- Te amarei para todo o sempre. Meu querido.
- Adeus, minha eterna amante...
O interessante é poder sentar em minha cadeira de balanço olhando o horizonte já avermelhado pelos raios do entardecer, o típico horário em que até mesmo o Sol se cansa dos homens e deixa de clarear a Terra e então vai se deitar tranquila e pacificamente, meus filhos já grande, olho e vejo o que fui capaz de produzir neste curto espaço de tempo, que para muitos é chamado de vida e, eu sinceramente chamo de dias que um dia chegam no fim, sem se poder ver tudo o que se deseja. Algo força a minha desistência, que é essa melancolia da velhice, porém na vida de um ser que já possui cabelos completamente brancos, e às vezes nem responde coisas preciosamente coerentes, há algo que me motiva a continuar trilhando com gosto, minha pobre e agora frágil como eu... Aquela mesmo a qual viveu ao meu lado... Amada Amanda.
Oh amada Amanda, desculpe-me por não dar-te a melhor das vidas, o mais rico dos tesouros, perdoe-me por não lhe transformar em duquesa, ou até mesmo por não ter lhe dado uma casa na praia, é que tudo foi acontecendo de forma literal. E agora meus olhos claros que antes fora da cor do céu, hoje já nem ao menos conseguem ver sozinho... Sei que nossa vida foi difícil, mais ti minha amada sempre ao meu lado como nenhum outro ser humano antes tenha feito, talvez seja sua ternura e amor que me seguraram fortemente em torno do mundo, com disposição para ver as flores crescendo em tais primaveras, ou me aconchegar agasalhado sobre teu abraço em noite de inverno, querida, tudo que vive com você foi especial...
E hoje vejo isso de forma tão singular e simples, pois, foi o teu amor, que transformou tudo isso possível, é dessa forma que te amo, mesmo não dizendo abertamente... Mais penso comigo, reflito sobre os demais, os netos que agora correm pela casa, os amigos animais que criamos, a vida tão longa e principiante que levamos, não passa de uma gota de orvalho em uma manhã estridente, que posso certamente desfrutá-la junto a ti.
Eis que declaro a minha velhice, mais devo saber viver, cada faze de minha vida, a descrição de felicidade é exatamente isso, estar alegre com cada faze, estar vivendo da forma que se deve viver cada faze... E você aqui comigo, como te amo, como estou velho, já me falta o fôlego, e a sentimentalidade me afoga, já estou em prantos, mais te amo...
Como é triste vê-la deitada inerte e sem alma, nesta manhã, eu que por muito te contemplei nos dias que se passavam, e hoje você com esse olhar de prata já sem vida, me olha, entreaberto, dizendo o seu bordão mais clássico:
- Te amarei para todo o sempre. Meu querido.
- Adeus, minha eterna amante...
HB.
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