terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Um manto sob o extremo dos céus, que se renova a cada manhã.

E então estou eu aqui vivendo a minha doce infância, perdido em um tempo o qual não me lembro muito bem quando foi apenas imagino as coisas passando por minha mente e acontecendo como uma linhagem boa a meu ver. Sem se perguntar o sentido da vida, o sentido das coisas, o poder que gira por nós homens. Apenas em algum lugar da minha infância que eu tenho gosto de lembrar. Deitado meio sem forma, largado ali no chão gélido e sem vida de lugar nenhum, olhando o céu, pensando nela, e vendo as nuvens...
Que fazer quando nada parece legal, que fazer quando a única perfeição é o nada; Então eu ali, em lugar nenhum, sem saber onde estou me vejo deitado, com a perna esquerda formando um ângulo de mais ou menos uns quarenta e cinco graus. E a direita esticada mais levemente retraída em sinal de uma preguiça gostosa, de estar meditando.
No mais o que você precisa entender, é que estou em lugar algum, fazendo absolutamente nada, largando em um ponto qualquer de algum chão existente, olhando o céu. E então aquele corpo, que eu não sei se é celeste ou físico do mundo onde eu estava, surge, e me encanta, sua magnitude é fantástica, sua composição é questionável, como será que foi construída com tamanha perfeição, um tanto quanto pomposa, e um tanto quanto espessa, não consigo definir do que é feita, como foi parar lá, mais de uma coisa eu sei, é linda. Queria tê-la pra mim, e guardar como lembrança magnífica que a vida pode ter sido, mais como pega-la? Será que possui gosto? Ou até mesmo será ser real? Ou apenas existem para confundir a mente humana com tanta beleza...
Dando contraste com o azul intenso do céu lá estão elas, para te fascinar, algumas vezes com formas conhecidas, o que te fascina ainda mais, porém eu ainda me pergunto qual será a estrutura destas, como será que são feitas ou ainda porque existem? As nuvens.
Um dia pedi uma de presente a alguém que amo, e então percebi que por mais eu as tiveram ilusoriamente, nunca poderia cativar alguma. Pois assim como um ser da natureza, elas são livres, para ir onde pretendem como querem, surgir e sumir a hora que bem entenderem. Pequenas ou grandes, singulares ou irreverentes, escuras ou de plumas brancas e claras; São lindas. As nuvens. Tua beleza é inconfundível, já que você surgiu no mundo com um propósito sem igual, fascinar aos meus olhos.

HB.

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