terça-feira, 13 de novembro de 2012

Sociedade contagiante.



Se minhas náuseas passassem com o tempo, provavelmente, esta minha repugnância à humanidade seria inferior, ser escrupuloso, este homem... Que por sua vez é abominável, ser incrédulo e sem fervor, dizendo ter fé em algo que não se conhece... Se tornando mais ignorante e passivo a cada segundo, pois a mediocridade contagia!
Manhã de lagrimas... Este dia já começou, turbulento, fachado em minhas próprias aflições, buscando sem medo uma forma de enfrentar a vida sem ter que olhá-la nos olhos, manhã de chuva... Água fria como a morte que nos carrega em vão pela eternidade, a pela morna de compaixão é banhada pelas gotas de lágrimas derramadas por um Deus, pelos crimes e abominações de seus filhos, cruel, a água fria toca a pela como se fosse escaldante, queima e eu continuo assim sem saber por onde ir...
Dessa forma se todas as paisagens não fossem como pinturas e assim seus borrões como meus sentimentos, seria mais fácil e menos triste conseguir sentir a vida. Uma vez que um homem admite seus maiores medos se torna quase impossível não passar por eles novamente, e quando este é atentado pela sua própria escuridão, a paisagem se entristece, a pintura morre, a alma morre e o homem sofre.
As mortes de nossa vidas não ensinam a ser um pouco mais frios e deixamos de lado assim a forma boba a qual adotamos, e passamos então a conviver com o gosto amargado da tristeza, entendendo de forma fácil qual é o significado da perda!

HB.

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